Como a UNESCO experimentou uma nova dinâmica nos últimos anos, o G20 decidiu associá-la mais estreitamente ao seu trabalho. Desde 2020, a UNESCO foi convidada a participar de vários grupos de trabalho ou de engajamento, e pôde contribuir para elevar o perfil da educação, da cultura, da ciência e da informação nas Declarações Finais.

Essa cooperação atingiu um novo marco em 2024 por iniciativa da Presidência brasileira: pela primeira vez, a UNESCO foi incluída na lista de parceiros privilegiados do G20 e está envolvida em todo o processo. Depois de uma primeira reunião de sherpa com o Presidente Lula em dezembro passado, em Brasília, a Diretora-geral da UNESCO participará da reunião de Ministros de Relações Exteriores desta semana no Rio de Janeiro.

Na quarta-feira, 21 de fevereiro, Audrey Azoulay falará aos ministros sobre a resposta atual às tensões internacionais. Apresentará como a UNESCO intensificou sua ação nos últimos anos para lidar com situações de conflito (Iêmen, Ucrânia) e apoiar a recuperação pós-conflito (Iraque). Também explicará como a Organização conseguiu fortalecer a coesão de seus Estados-membros em torno de seu mandato e avançar em direção a uma maior universalidade, com o bem-vindo retorno dos Estados Unidos à UNESCO em 2023.

Na quinta-feira, 22 de fevereiro, a Diretora-geral falará sobre a reforma da governança global. Detalhará o papel da UNESCO na coordenação de esforços para alcançar uma educação de qualidade para todas as pessoas, um dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU para 2030. Também apresentará o trabalho da Organização no campo das novas tecnologias, com o estabelecimento, em 2021, do primeiro marco ético global para o uso da inteligência artificial e a publicação, em novembro de 2023, dos princípios globais da UNESCO para a confiabilidade das informações virtuais.

Audrey Azoulay também realizará reuniões bilaterais com vários ministros de Relações Exteriores.

Tradução do artigo original publicado em unesco.org