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Repensar um contrato social: qual é o caminho para garantir trajetórias educacionais inclusivas?
O 26º Seminário Internacional sobre Aprendizagem e Serviço Solidário, organizado por CLAYSS, foi realizado nos dias 24 e 25 de agosto, com a participação do Escritório para a América Latina e o Caribe do IIPE UNESCO.
Centro Latinoamericano de Aprendizaje y Servicio Solidario (CLAYSS)

© CLAYSS

O encontro contou com a presença de mais de 500 participantes de 20 países e mais de 30 especialistas. Seu objetivo foi proporcionar um espaço de formação, atualização e intercâmbio internacional para educadores, autoridades, estudantes de todos os níveis e membros de organizações comunitárias e da sociedade civil, para promover práticas que tendem a garantir o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Na ocasião, Vannina Trentin, Subcoordenadora de Formação do IIPE UNESCO, Escritório para ALC, compartilhou algumas diretrizes principais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, com base no relatório "Reimaginar nossos futuros juntos. Um novo contrato social para a educação" (UNESCO, 2021).

“O fato de hoje a UNESCO estar dizendo que precisamos repensar um contrato social é, de certa forma, dizer que não podemos continuar da mesma maneira. O documento estabelece de forma muito concreta os princípios de uma ordem ética, política, econômica, ideológica, social e cultural que marcam um caminho a seguir” 

Vannina Trentin, Subcoordenadora de Formação, IIPE UNESCO, Escritório para ALC

Em um contexto em que as crises humanitárias são cada vez mais comuns, é essencial que as equipes encarregadas de formular e implementar políticas públicas nos países da América Latina e do Caribe cheguem a um consenso sobre a direção de seus sistemas educacionais. Portanto, o mandato principal do IIPE UNESCO de fornecer respostas adaptadas e contextualizadas às necessidades dos ministérios da educação é de particular importância.

Com base na premissa de que o conhecimento e a aprendizagem são fundamentais para a renovação e a transformação, o relatório publicado pela UNESCO em 2021 propõe repensar os desafios do planejamento educacional e quais mudanças fundamentais precisam ser feitas como um corpo social para criar futuros compartilhados e inclusivos.

“A educação é um direito e o Estado tem a responsabilidade de garanti-la. A ideia de direito é diametralmente oposta à ideia de privilégio. Em outras palavras, a educação não é uma prerrogativa de algumas pessoas que têm acesso a ela devido a algum tipo de condição" 

Vannina Trentin, Subcoordenadora de Formação, IIPE UNESCO, Escritório para ALC

No IIPE UNESCO, acreditamos que é essencial manter instâncias de diálogo e consulta conjunta sobre os erros e as possibilidades futuras do planejamento educacional, a fim de continuar fornecendo soluções concretas sobre o panorama regional com uma perspectiva baseada em direitos. Por esse motivo, o próximo Fórum Regional de Políticas Educacionais se concentrará em repensar um elemento central dos processos educacionais nos últimos anos: o papel das tecnologias digitais e como elas podem contribuir para a transformação dos sistemas educacionais.

“É essencial reconstruir nossa relação com as tecnologias, pensando nas disparidades que elas produzem. Sabemos que não basta oferecer oportunidades, mas que é preciso trabalhar com afinco e de forma sistemática para que crianças, adolescentes e adultos possam percorrer suas jornadas educacionais de forma profunda” 

Vannina Trentin, Subcoordenadora de Formação do IIPE UNESCO, Escritório para ALC

 Todas as pessoas interessadas poderão assistir à transmissão ao vivo da abertura e dos painéis do Fórum Regional de Política Educacional 2023, entre outros recursos disponíveis, por meio do site do Fórum. Para ter acesso a esse conteúdo, é preciso inscrever-se aqui.

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